A origem do nome da aldeia não é consensual. No entanto, a que reúne mais consenso é a de Avelãs de Ano Bom com alusão a anos excecionais de produção de avelãs. As Avelãs de Ambom fazem parte da União de Freguesias de Avelãs de Ambom e Rocamondo.







Das Avelãs de Ambom, o primeiro registo é de 1321 sob o reinado de D. Dinis. Foi durante a luta contra os mouros que o Rei D. Dinis conseguiu, a título de subsídio, por meio da Bula do Papa João XXII a concessão, por tempo de três anos da décima, de todas as rendas da igreja. Em 1321, com vista a analisar os rendimentos conseguidos com tal lei, cria-se o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia no reino de Portugal e Algarves". Nesse catálogo consta então a Igreja de Santa Maria das Avelãs com o contributo de 15 libras.
Do século XVII até ao século XIX muitos eram os ofícios que se praticavam numa freguesia que tinha de se bastar a si mesma. Cardadores, sapateiros, moleiros, barbeiros, pisoeiros (trabalhador da vinha), oleiros, almocreves (condutores de animais de carga), alfaiates, carpinteiro, pedreiro, carvoeiro, ferreiro, professores e tecedeiras.
Património: Igreja Matriz de Avelãs de Ambom (Santa Maria), Capela de São Sebastião em Avelãs de Ambom e a Ponte pedonal da Ribeira de Massueime.
Lenda da Moura: De acordo com a lenda da moura, existia há muitos, muitos anos, um castelo nas Avelãs de Ambom. Fosse a guerra de outrora, aquando das cruzadas quando, em nome de Deus, expulsavam os árabes da Península Ibérica, fosse apenas pelo passar do tempo o castelo desapareceu e restam apenas as ruínas. Reza a lenda que uma moura guarda o castelo, ou o que resta dele. Dizem os populares que nos barrocos do castelo se escondem potes recheados de ouro e ouvem-se histórias de homens fulminados por raios ao tentar fugir da aldeia. «Talvez tivesse sido a moura num acesso de raiva, por lhe terem tentado roubar o tesouro».
Lenda de Santiago: Se a lenda tem algum fundamento de verdade, então nesta lenda a verdade é que as Avelãs de Ambom ficam no caminho de Santiago de Compostela.
Reza a lenda que Santiago passou pelas Avelãs onde queria construir um castelo. Não tendo a povoação permitido a construção do castelo, este afirmou: " Lançarei a minha espada e construirei o meu castelo onde ela cair!". Caiu em Santiago de Compostela. Da passagem pelas Avelãs ficaram num barroco marcadas as quatro pegadas do cavalo, uma fenda onde o santo pousou a espada e ainda uma pia, que, garante o povo, servia para dar de beber ao cavalo. «Todos os dias, ao fim da tarde uma nuvem dirige-se para os barrocos de São Tiago, encobrindo as pedras por completo».